São espaços e sonhos.
São velhas as roupas do espírito
e este desnuda-te novo ano
Quantas vezes já não rimos com vontade de chorar?
Fazem se novos rostos para reconhecer nos
Fazem se encontrar, pra mais sonhar os teus
e estes sonhos a trazer tudo ao centro redemoinho
Quantas vezes não cantamos com vontade de chorar?
Rostos que não se esquecem nas histórias
O buraco que fica, a saudade de rasga, o abraço não dado
Não se apaga, mas permanece na memória tal como era
e por isso ilusão pois o que era não é mais
Mas Quantas vezes já não dissemos Adeus com vontade de chorar?
Um tempo que se retêm entre os dedos,
Na carne da unha para que não se vá
E o coração de José, sangrando todos os dias
Quantas vezes? Quantas?
Quantas?