terça-feira, 8 de março de 2011

Risco

Jogar pro alto, acreditar,
Permirtir-se mais uma vez
cruzar os dedos

Minha fé é na fatalidade
e só é o que é pra ser
mas só vale, o que é pra se arriscar.

Quero suspresas.
mais que isso,
quero seguir em frente

Que sejam aos meus velhos passos
tortos, errados, dessincronizados
Comece a música, pois eu sei dançar

sábado, 5 de março de 2011

Oa Tiria Oa Cuco !

ACHEI O VIDEO DA OFICINA DE MUSICA DO ARUANA. TEMPORADA DE JULHO 2010!
MeuDeus, não consigo parar de chorar.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

A resistência

Passei meu comecinho de noite assistindo todos os videos de Langley Fine Arts, olhando todas as fotos da Canada, procurando trailers dos filmes que assisti, cantando as músicas que eu costumava cantar no coral, e revivendo meus momentos de quando eu estive lá, do outro lado.
Saudade, eu sinto. E muita.
Mas também tem uma coisa que me assusta nisso tudo. É pensar que a menos de um ano atrás, lá estava eu, sentada na frente de um computador, olhando minhas fotos de família e revendo todos os vídeos do Santa Maria, cantando e chorando Elis Regina.
Exatamente igual.
O tempo passa violentamente. Acho que o tempo neutraliza as coisas num mesmo sentimento nostálgico, como se o oque foi bom e o que não valeu a pena fossem misturados numa mesma massa, sem ressentimentos e sem palpitações.
Coisas ficaram para trás e pior: pessoas ficaram para trás. E as vezes, percebo que me falta coragem, de pegar e escrever um email do nada, pra perguntar se está tudo bem, pra dizer que o carinho nunca mudará. E nessas horas eu não me entendo.
Pois hoje e só hoje percebo que as pessoas que permaneceram em minha vida, não são aquelas que nestes dezoito anos sempre tiveram os mesmos gostos e planos que eu, mas sim aquelas que fizeram questão de ficar, que ligavam nem que a cada 3 meses para perguntar as novidades, que iam aos encontros e mandavam cartões de aniversários. Mostrar presença faz uma diferença e tanto. Se eu pudesse fazer um pedido, eu pediria aos caminhos da vida a dádiva de ter minhas pessoas amadas na resistência do tempo, procurando manter contato e fazendo acontecer pra estar junto. Sem saudades, o que importa é o presente.


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O Vento e o Tempo

Te harmoniza, amor, com os novos ventos.
Eles vem para mudar tudo, para levar tudo.
Eles vem para deixar só o que é essência
Eles querem alimentar nossa fome de viver.


Harmoniza-te, meu bem, pois o tempo é precioso.
Tempo de construir tudo que há de ficar.
Tempo que já esperávamos. A muito.
Tempo de saciar nossa fome de viver.

E não deixe, querido, se deixar levar por besteiras
Pois cada passo que damos não tem volta
E nenhuma palavra dita retorna seu efeito

Olha a tua volta, ouve a voz do vento
segue a, confia e por favor, não me espere.
Teu caminho, amado, é luz.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

[OFF]

Algumas coisas, do que você disse, me machucaram. E eu não paro de pensar nelas.
No meu caminho de casa, o que eu tinha na boca era só ponto final. Precisaríamos nos transformar em outras pessoas para nos reencontrarmos.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Bom Dia!

Eis aqui uma vida que se renova a cada dia e um mundo de oportunidades. Abram alas, pois eu estou afim de vive-la.
Que venham meus melhores dias e eu sei que virão. Bom Dia!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

[OFF]

Que os bons ventos guiem meu coração. Temperança menina! Pois estás dividida. Mil pedaços, mil cacos, à esperar. E esperar é reconhecer-te incompleta.

Glenn

A Carne

São espaços e sonhos.
São velhas as roupas do espírito
e este desnuda-te novo ano
Quantas vezes já não rimos com vontade de chorar?
Fazem se novos rostos para reconhecer nos
Fazem se encontrar, pra mais sonhar os teus
e estes sonhos a trazer tudo ao centro redemoinho
Quantas vezes não cantamos com vontade de chorar?
Rostos que não se esquecem nas histórias
O buraco que fica, a saudade de rasga, o abraço não dado
Não se apaga, mas permanece na memória tal como era
e por isso ilusão pois o que era não é mais
Mas Quantas vezes já não dissemos Adeus com vontade de chorar?
Um tempo que se retêm entre os dedos,
Na carne da unha para que não se vá
E o coração de José, sangrando todos os dias
Quantas vezes? Quantas?
Quantas?

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O dia em que Júpiter encontrou Saturno

(silêncio)

-Quando a noite chegar cedo e a neve cobrir as ruas, ficarei o dia inteiro na cama pensando em dormir com você.
-Quando estiver muito quente, me dará uma moleza de balançar devagarinho na rede pensando em dormir com você.
-Vou escrever carta e não mandar.
-Vou tentar recompor teu rosto sem conseguir.
-Vou ver Júpiter e lembrar de você
-Vou ver Saturno e lembrar de você.
-Daqui a vinte anos voltarão a se encontrar.
-O tempo não existe.
-O tempo existe, sim, e devora.
-Vou procurar teu cheiro no corpo de outra mulher. Sem encontrar, porque terei esquecido. Alfazema?
-Alecrim. Quando eu olhar a noite enorme do Equador, pensarei que tudo isso foi um encontro ou uma despedida.
-E que uma palavra ou gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.


Caio Fernando de Abreu

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

irefica

Um recado ao tempo.


Que vontade de ficar, que vontade de ir embora. Escorre tempo, por favor, vem logo cristalizar minhas decisões. Me dê tempo, me dê coragem. Quero fica para contruir, quero ir para reinventar e também não quero nada. Nada além que um dia de cada vez. Vem silêncio, por favor, vem me consumir. Sabe o que acho? que vou ficar. Por inercia, por ser tempo de casulo, que é hora de amar, de receber amor, de tomar cuidado. O tempo já tá levando muita gente. Por favor não me leva. Abre, abre alas. Pois só estou conseguindo me apaixonar a metade, mas juro que se pedisse, até a alma entregava. A alma um dia alma. A alma dessa vez quer ficar, São os pais, é o país. São planos, medos. São o susto do mundo lá fora. Gosto de quero mais lá fora e quero mais. Mas...fica. Fica ti e fico eu.

Socorro

Socorro não esotu sentindo nada
nem medo nem calor nem fogo
nao vai dar mais pra chorar, nem pra rir
socorro alguma alma mesmo que penada
me empreste suas penas
já não sinto amor nem dor,ja não sinto nada

socorro alguém me dê um coração, que este já não bate nem apanha
por favor, uma emoção pequena, qualquer coisa
qualquer coisa que se sinta
tem tantos sentimentos deve ter algum que sinta

e agora?

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

3

hoje, eu só preciso de tinta oleo, um piano e minha voz.

apenas acabei de ter um dos melhores momentos da minha vida.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Manifesto sobre a vida do artista [ Marina Abramovic ]

1. a conduta de vida do artista:
- o artista nunca deve mentir a si próprio ou aos outros
- o artista não deve roubar idéias de outros artistas
- os artistas não devem comprometer seu próprio nome ou comprometer-se com o mercado de arte
- o artista não deve matar outros seres humanos
- os artistas não devem se transformar em ídolos
- os artistas não devem se transformar em ídolos
- os artistas não devem se transformar em ídolos

2. a relação entre o artista e sua vida amorosa:
- o artista deve evitar se apaixonar por outro artista
- o artista deve evitar se apaixonar por outro artista
- o artista deve evitar se apaixonar por outro artista

3. a relação entre o artista e o erotismo:
- o artista deve ter uma visão erótica do mundo
- o artista deve ter erotismo
- o artista deve ter erotismo
- o artista deve ter erotismo

4. a relação entre o artista e o sofrimento:
- o artista deve sofrer
- o sofrimento cria as melhores obras
- o sofrimento traz transformação
- o sofrimento leva o artista a transcender seu espírito
- o sofrimento leva o artista a transcender seu espírito
- o sofrimento leva o artista a transcender seu espírito

5. a relação entre o artista e a depressão:
- o artista nunca deve estar deprimido
- a depressão é uma doença e deve ser curada
- a depressão não é produtiva para os artistas
- a depressão não é produtiva para os artistas
- a depressão não é produtiva para os artistas

6. a relação entre o artista e o suicídio:
- o suicídio é um crime contra a vida
- o artista não deve cometer suicídio
- o artista não deve cometer suicídio
- o artista não deve cometer suicídio

7. a relação entre o artista e a inspiração:
- os artistas devem procurar a inspiração no seu âmago
- Quanto mais se aprofundarem em seu âmago, mais universais serão
- o artista é um universo
- o artista é um universo
- o artista é um universo

8. a relação entre o artista e o autocontrole:
- o artista não deve ter autocontrole em sua vida
- o artista deve ter autocontrole total com relação à sua obra
- o artista não deve ter autocontrole em sua vida
- o artista deve ter autocontrole total com relação à sua obra

9. a relação entre o artista e a transparência:
- o artista deve doar e receber ao mesmo tempo
- transparência significa receptividade
- transparência significa doar
- transparência significa receber
- transparência significa receptividade
- transparência significa doar
- transparência significa receber
- transparência significa receptividade
- transparência significa doar
- transparência significa receber

10. a relação entre o artista e os símbolos:
- o artista cria seus próprios símbolos
- os símbolos são a língua do artista
- e a língua tem que ser traduzida
- Às vezes, é difícil encontrar a chave
- Às vezes, é difícil encontrar a chave
- Às vezes, é difícil encontrar a chave

11. a relação entre o artista e o silêncio:
- o artista deve compreender o silêncio
- o artista deve criar um espaço para que o silêncio adentre sua obra
- o silêncio é como uma ilha no meio de um oceano turbulento
- o silêncio é como uma ilha no meio de um oceano turbulento
- o silêncio é como uma ilha no meio de um oceano turbulento

12. a relação entre o artista e a solidão:
- o artista deve reservar para si longos períodos de solidão
- a solidão é extremamente importante
- Longe de casa
- Longe do ateliê
- Longe da família
- Longe dos amigos
- o artista deve passar longos períodos de tempo perto de cachoeiras
- o artista deve passar longos períodos de tempo perto de vulcões em erupção
- o artista deve passar longos períodos de tempo olhando as corredeiras dos rios
- o artista deve passar longos períodos de tempo contemplando a linha do horizonte onde o oceano e o céu se encontram
- o artista deve passar longos períodos de tempo admirando as estrelas
no céu da noite

13. a conduta do artista com relação ao trabalho:
- o artista deve evitar ir para seu ateliê todos os dias
- o artista não deve considerar seu horário de trabalho como o de funcionário de um banco
- o artista deve explorar a vida, e trabalhar apenas quando uma idéia se revela no sonho, ou durante o dia, como uma visão que irrompe como uma surpresa
- o artista não deve se repetir
- o artista não deve produzir em demasia
- o artista deve evitar poluir sua própria arte
- o artista deve evitar poluir sua própria arte
- o artista deve evitar poluir sua própria arte

14. as posses do artista:
- os monges budistas entendem que o ideal na vida é possuir nove objetos:
1 roupão para o verão
1 roupão para o inverno
1 par de sapatos
1 pequena tigela para pedir alimentos
1 tela de proteção contra insetos
1 livro de orações
1 guarda-chuva
1 colchonete para dormir
1 par de óculos se necessário
- o artista deve tomar sua própria decisão sobre os objetos pessoais que deve ter
- o artista deve, cada vez mais, ter menos
- o artista deve, cada vez mais, ter menos
- o artista deve, cada vez mais, ter menos

15. a lista de amigos do artista:
- o artista deve ter amigos que elevem seu estado de espírito
- o artista deve ter amigos que elevem seu estado de espírito
- o artista deve ter amigos que elevem seu estado de espírito

16. os inimigos do artista:
- os inimigos são muito importantes
- o Dalai Lama afirmou que é fácil ter compaixão pelos amigos; porém, muito mais difícil é ter compaixão pelos inimigos
- o artista deve aprender a perdoar
- o artista deve aprender a perdoar
- o artista deve aprender a perdoar

17. a morte e seus diferentes contextos:
- o artista deve ter consciência de sua mortalidade
- Para o artista, como viver é tão importante quanto como morrer
- o artista deve encontrar nos símbolos da sua obra os sinais dos diferentes contextos da morte
- o artista deve morrer conscientemente e sem medo
- o artista deve morrer conscientemente e sem medo
- o artista deve morrer conscientemente e sem medo

18. o funeral e seus diferentes contextos:
- o artista deve deixar instruções para seu próprio funeral, para que tudo seja feito segundo sua vontade
- o funeral é a última obra de arte do artista antes de sua partida
- o funeral é a última obra de arte do artista antes de sua partida
- o funeral é a última obra de arte do artista antes de sua partida

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

[OFF]

sei que não é tua culpa, mas a cada uma dessas eu me afasto de ti.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Um poema

Um dia morremos
distancia geografica. temporal.
você sorrirá ao meu nome
pode me chamar de Oquequasefoi
ou de Boaslembranças
no meu intimo eu vou saber
que o seu nome sempre será
em verdade,
Oqueeumaisquisquefosse
mas não há espaço pra tanto
em uma vida curta para amores
onde o tempo é inimigo
onde os sonhos são uma corrente que arrasta
nós, os sem escolha
nós,
gloriosos retentores de um tempo presente abençoado
infinito demais;
doceamargo; realidade.
Algo sempre ficará.
Eu ao menos ficarei,
mesmo quando já tiveres me deixado ir.
Eu, coleção de cacos
que lembra e sonha com tudo oquê não me pertence.
mas a vida pertence
e ela te levará, meu amor.
Pois só a vida
tua verdadeira amante.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Complicado

Todas as vezes em que me ponho a escrever alguma coisa, tudo o que sai é uma lista de tarefas que devem ser feitas e estudadas ou prazos a serem cumpridos. Complicado.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Camarins




Fotos- com intuito mesmo de fotografia artística- dos bastidores da apresentação do dia 5 de novembro.

Bjork

Enfim...

Andei de brigas com a dança. Não a queria mais, e me doia toda por isso.
Não que eu tenha me reconciliado, mas foi um sonho me apresentar.


[OFF]

Cansaço. Angustia. Ansiedade. Suor. Nó na garganta. Respiração contida. Eu não posso soltar. Soltei. Os olhos molharam-se. To chorando de cansaço. To chorando porque essa é uma forma mais facil de respirar. E eu tenho me esquecido de respirar. Parei de chorar porque nunca houve choro. Só uma raiva contida. Raiva da minha força que me deixou. Dos meus olhos que não veem mais anjos. Da cabeça que vive sempre na lua. Era uma dorzinha e um remorso. Dorzinha de não ter conseguido, remorso por me sentir assim. Eu poderia não me sentir assim. Poderia tomar um banho. Deixar a agua molhar o meu corpo. Fechar os olhos. Agradecer a Deus pelo momento. Desligar o chuveiro cheia de vida. Viver os próximos momentos com um pouco de paz. Paz o caralho. O caralho o mundo. Eu quero mesmo é ficar assim inerte. Como uma pedra esquecida. Numa estrada de lugar nenhum. Mas não posso. Merda. Não posso. Não sou mulher disso. Então eu termino esse texto. Desligo o computador. Vou dar uns berros. Tomar a porra do banho. Encontrar força, paz, silêncio. Bater a cabeça na parede de raiva. Morder os dedos da mão de raiva. Encontrar força paz e silêncio. Respirar não muito fundo. E continuar.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Reminder

I strongly believe that we were destinate to be sisters. Soul sisters.
Somehow, I feel you next to me.
Just, just...
Just...miss you.

sábado, 20 de novembro de 2010

DoDia

Mais um dia lento. Não, não digo assim, pois ainda há muito dia antes que o dia acabe.
Mas os dias tem se escorrido de mim, como filhos ilegítimos.

Aqui o fim de tarde com a Ju.












terça-feira, 16 de novembro de 2010

Bogoroditsye

Hoje ela veio.
Cheia de paz, como quem soube envelhecer no seu corpo de moça.
Ela, era eu. Mais dela eu já fui mais. Antes aquela de um país de um país distante, outra ela, uma determinada.
Senti sua falta terrivelmente, lhe disse.
Ela sorriu.
Um anjo envolta nas vozes de uma Ave Maria,uma visão sorridente e iluminada.
Me fez chorar, ela me arrebatou, e respondeu a estrada não vai te esperar...
Hoje eu conssenti.
A estrada era eu muito maior.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Encantado


Poucos compreendem minha saudade do Vale Encantado como você.

Lá vivi meus melhores momentos, não dizendo que meus pais e amigos e todas as minhas dádivas não sejam as maiores do mundo, mas os instantes de felicidade mais intensa, não tem jeito, foram sem sombra de dúvida aqueles vividos no nosso Vale.
Áh Princípe, você sabe bem do que eu falo, né?

terça-feira, 12 de outubro de 2010

As pedras no rio

Sou maleável. Por ser signo de água, por meu riso azulado. Contradigo nos gestos os ideais que proclamo. E não é hipocresia, não estou falando de hipocresia. Falo sim, de coisas íntimas.
Verdade é que por mais que fale ou desfale, o indizível se fará maior e no fim, vou dar por lançar ao instante os dados de meu inesperado! Três, quatro. Sete. Sempre sete. Sou o que não consigo ser. Conheço a ética, pois sei de meus certos errados e do pouco que sei, ainda sei mais. Sei que nada se faz sem ser por duas vias. Dobro minhas premeditações é para aceitar as crateras que a vida (destino?) há de fazer em minhas luas. Não vou me arrepender, de nada, por nada nunca. Antes a falsidade que o arrependimento. Na pele da alma, escreve isso que estou te falando.

domingo, 3 de outubro de 2010

Continua Lindo












Uma voz

As vozes interiores já me disseram, Ana, olha só que arte é cruzar o limite, tá tudo no limite, Ana, olha bem pra ele.

Não deu outra, caí na gargalhada.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Peixinho














Modelo: Natália S.
Camera: G10



Pelas eternidades.

Pelas eternidades.


Paixões efêmeras por toda vida breve, um fim de semana, atravéz dos olhares, estórias.
Para o você, meu amado , lhe dou o que sempre se vai sem volta.
O presente. Só para que uma hora acabe, entre fitas e confetes coloridos.
Sentimento esse meu, que de indo e vindo se esquece.
Retorna e me encurrala por ser constante.
Eu sei, você sabe, sabemos. As conclusões finais, não valem nada, senão repetir
o primeiro pressentimento: É amor, é de verdade e eterno enquanto dura. Intenso enquanto o for.

Fim de Tarde/Umas agonias dessas






Fim de tarde e piano. Ensaio por Natália Siqueira. Canon G10
_____________________________________
Faz tempo que eu não escrevo aqui, eu sei. E não pretendia escrever mesmo. Mas aí aconteceu, começou a tocar Lenine no rádio, uma comoção, um apertinho no coração e quando eu vi, já tinha acontecido. A solidão ficou tangível. Não, não falo na solidão ausência, mas da outra, solidão sacra, aquela do vazio maior. Mas pensando bem, não quero falar dela. Falar seria dividir, e não posso dividir algo tão meu. Ando muito cansada, na verdade. Nem sei mais. Ao mesmo tempo, ando grata como nunca. Como se tudo valesse a pena.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Movimentação

Caminho até a lateral do palco. Passa três passagens, calcanhar, peito e dedos. Respiro. Não há pensamentos para os amores em que me perco. Passa a perna, direita primeiro. Pára ao centro, olha na diagonal. cinco, seis, cinco seis sete oito. Precisão, movimentos claros, esse momento não volta. Será que ele está na plateia? Preparação pro salto, o braço vai ajudar a dar o impulso, é só liberar a força. Quatro e. Terceira posição. Solta o ar, apoia o braço. Esqueci da meia ponta no pé. Não pensa nos erros, a música segue. Continuo pensando no erro, a droga da meia ponta. Ele, meu amor que me perde, penso também. Corre, roda, cai. O chão é liberdade. Tem que virar o rosto no contratempo. Talvez eu devesse ter dito que não o amava, que era melhor nem começar. No contratempo, nem antes, menos depois. Três e. Isso. Sobe desenrolando. Espera dois tempos e pirueta. Os movimentos devem ser grandes, como se eu fosse minha própria extensão de mim. Joga um, segura dois. É só equilibrio. Fica. Não tenho medo de me machucar, refiro-me ao amor. Queria que ele dançasse comigo. Sete, corre oito no centro. Olha pra mão e vai acompanhando o braço. A vida vale mais quando eu danço. Vira um, marca a cabeça, vira a segunda, marca e a terceira. Passa o o braço por trás. Corre, da a volta e foi. Meia ponta atrás. Não acredito, foi. Nem sinto mais o ar, o coração bate tão rápido. Não respira. E vai desacelerando. O coração bate tão rápido, devem ser as palmas. Caminho até a cochia.

Ela é a moça bonita dos filmes antigos

For Ji Su, a birthday poem:

Ela é a moça bonita dos filmes antigos

Um riso contido,
derruba um lencinho
Não olha prá trás,
segue bela mais
como bailarina
de caixinha de música

Ela é a moça bonita dos quadros antigos

Canta para si,
e guarda um segredo.
Coisas da moça e da lua.
Vem uma tristeza do tempo
a engolindo
rasgante como licor

Ela é a moça bonita dos romances antigos

A solidão é seu tesouro
nossa comunhão
o choro de silencio
o riso de inocencia
Se abre nela
um eclipse ao inverso
luz, luz, luz.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Mortal Loucura



Mortal Lucura

Composição: José Miguel Wisnik / Gregório de Matos


Na oração, que desaterra … a terra,
Quer Deus que a quem está o cuidado … dado,
Pregue que a vida é emprestado … estado,
Mistérios mil que desenterra … enterra
.
Quem não cuida de si, que é terra, … erra,
Que o alto Rei, por afamado … amado,
É quem lhe assiste ao desvelado … lado,
Da morte ao ar não desaferra, … aferra.

Quem do mundo a mortal loucura … cura,
A vontade de Deus sagrada … agrada
Firmar-lhe a vida em atadura … dura.

O voz zelosa, que dobrada … brada,
Já sei que a flor da formosura, … usura,
Será no fim dessa jornada … nada.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

sábado, 21 de agosto de 2010

About love and silence

To my little beloved sister:

You know love when somebody come to you in the most painful hour without a word. Love is connection of minds. I would say that God's love is the little hope in despair times. I would say our love is a little message on skipe when I was going to come down. Someday I will tell you that my heart is made of everything but iron. Someday I will find the words for that. Life is made of days, right? Be with me in the days when Im falling as Im going to be with you. Be with me in glory moments as Im going to be with you. We dont need words, we dont need even to be in the same space. We need each other. I need you as you need me.

Blues

Queria que você ouvisse "Good Bye Yellow Bricks Road" como eu estou a ouvir agora.
Que engolisse cada palavra como eu as engulo agora.
Queria a sua cara para cuspir cada uma dessas palavras.
Queria que você as lesse em meus olhos.
E que seu coração apertasse como o meu.
Só que pior.
Que cada acorde daquele piano lhe doesse como um passo meu
para muito longe.
E que ao som daquele refrão você andasse por todas as ruas sem nome.
Sozinho,
como eu gostaria de andar agora.
Queria que você nunca mais me visse.
Mas nem lembrança.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Inspire-se.

Inspire-se.

Renatoalarcao.com.br
Aleabreu.com.br
Fernandovilela.com.br
Luciahiratsuka.com.br
Rosinhailustra.com.br

Ilustradores de livros infantis, de tirar o folego, fechar os olhos, e nossa já tinha sonhado com algo parecido.

Agulhas



Minhas angustias são como crianças em estado terminal. Estou até começando a achar que tudo na vida é eutanasia. Digo mais, digo que viver, sim, é um grande desamparo. Que nasce da falta a liberdade, que é na morte em que braços se alargam para um abraço maior. Agora sei que desapego é tudo. Segurar em vida, o momento que já se foi é um parto ao inverso. Pra dentro. Dolorido. Choro do bebê asfixiado no ventre da mãe já morta. Lembra?

sábado, 14 de agosto de 2010

Projeto Calendário






Foi em Dezembro de 2009, no frio canadense. Estes são os meses de abril, março e junho. Calendário 2010, um presente para meus pais. Folha de sulfite colorido, cola pritt e tesoura.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Lembrete



Ir com calma, ir com calma, ir com calma. Tanta ansiedade pra ser o que não sou que chega a ser ambição.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

vamo ?

Todos os de quinta, sexta e fim de samana, da pra ir tranquilo.

Para morar dentro dele

texto de março 2010.


Não é anseio que eu sei, pois pelo toque de uma paz eu ando bem calma. Mágoa? mágoa tem sim. Mas a compreensão segura a mágoa, daí não dói. Cá convenhamos, eu até que levo jeito nesse negócio de perdoar! Tenho Cansaço. E uma saudade muito grande da atmosfera esotérica do Brasil, de espíritos e presságios. Sinto amor. Medo de deixar, medo de mim mesma. E mais que tudo isso, uma vontade incontrotrável de me jogar na vida e fechar os olhos e abrir os braços. Quem sabe morrer de amor? matar por amor ? Amar mais, muito, cair nas estradas da vida! Amar até não caber! Um amor pra morar dentro dele.

As melhores fotos da Temporada




terça-feira, 3 de agosto de 2010

Entre Águas

Para Bell, que conhece presságios


As mãos das lembranças estão a passear o meu corpo todo. Futuro sussurra algo no meu ouvido, que eu não entendo, mas me arrepia desde a espinha dorsal.
Eu sinto uma mistura de tudo, e ainda assim a indiferença. Minha mente está suja de coração. Não gosto de ficar assim. Isso me desgosta. Apois pergunto-lhe alma, o que se passa aí contigo!?

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Uma tristeza e uma sombra.



Nas ultimas duas semanas carreguei o livro "Deste mundo e do outro" por todo canto. Pontos de onibus e escadas de Vancouver, lá ía eu, sempre com as cronicas debaixo do braço esquerdo. Foi como te-lo ao meu lado, constante e certo. Foi amizade. Lhe fiz uma carta e planejei uma viagem a Lanzarote. Imaginei as palavras e os olhinhos.
Fui tarde.
É. Com pesar, eu digo, adeus José ! Ilumine o outro mundo como você iluminou e inspirou este! Mas as coisas...as coisas não ficarão bem por aqui. Contra esta máquina de homens frios e mesquinhos, se arrasta uma resistência fraca e cada vez mais doente. Uma resistência sonhadora, manca, carente. Uma resistência amputada, pois contigo foram se os braços.
Tristeza de todos. Vá em paz.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Aurorialiazação

Agora é cinco e cinquenta da manhã.
O sol nasceu era mais ou menos cinco. Cinco ? Minto. Era quatro avançando, quase cinco, mas não era cinco.
Foi num degradê, e o céu mudou do roxo pro branco. Não acreditei, mas foram meus olhos quem disse, o céu tá branco, branco branquinho! O que é uma pena, pois é sinal de dia nublado.
O dia de hoje...não sei, não tenho planos.
Um amado disse-me certa vez que o dia só muda quando você dorme. Pois então, é melhor que eu diga logo o dia de ontem, afinal passei a noite toda em claro.
Não pude dormir. Era impossível de dormir. Havia a tentação da luz, que no verão se despede as 10 da noite e volta as quase cinco como eu lhe disse. E como se não bastasse, tem a bagunça do quarto, que me hipnotiza e ao mesmo tempo me afasta do intento de arrumar-la.
É, a noite escorreu por entre os meus dedos e eu nem percebi. E agora, é tarde. Resta me esperar até a nova noite, acalanta-la e tomar em meus braços os sonhos já meus.